quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ama-me antes do fim...




Ama-me antes que a madrugada se acabe,


antes que dispa o negro, onde os nossos corpos


se curvam como a cera derretida, que cai suavemente


na teia dos gestos, submersos por um gemido,


de duas bocas que não se tocam.



Ama-me antes do fim das rosas, que repousam,


aqui mesmo ao nosso lado, sobre a mesa de pedra


que ainda não acabamos de polir, é tosca


como os braços que nos apressam.



Ama-me,


para que eu possa repousar no teu peito


a vida que desconheço


9 comentários:

Gisa disse...

Lindo poema, pleno de sensualidade e delicadeza
Adorei
Um bj.

Filipe Campos Melo disse...

"Ama-me antes que a madrugada se acabe,
Ama-me antes do fim das rosas,
que repousam,
para que eu possa repousar no teu peito".

Belo e terno teu poema.

Bjo.

Anónimo disse...

Conceição,

um poema que traduz uma forte vontade de viver, sublime

bj
alberto

Nilson Barcelli disse...

Belíssimo poema, gostei imenso.
Querida amiga, desejo-te um Natal muito feliz, na companhia dos que mais amas.
Beijos.

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Vim lhe desejar um Natal iluminado e que esta luz permaneça em seus dias durante todo o Ano Novo!!!

Um beijo e meu carinho!

Sonia Regina.

Lídia Borges disse...

Na fronteira entre o sonho e a realidade... A "mesa de pedra" para polir, o sonho para realizar.

Lindo!

L.B.

Penélope disse...

Apelos e pedidos suaves e feitos em plena consciência...
Adorável teu espaço!
Abraços

Joaquim disse...

Belissimo o seu poema.
Ainda bem que a encontrei...
Pois assim posso desfrutar o encanto das suas escritas...

Um abraço
Antero

Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e