quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ah filho de Maputo!



Ah filho de Maputo!
que ranges balas aos teus,
matas crianças aquém…
…aquém de fome
se matam também.

Ah filho de um Cabrão!
lambes a morte
do teu filho sem nome
onde a miséria
se consome
a um palmo do chão.

Ah filho de Maputo!
que puta alguma te pariu,
soubesses tu o nome
de quem te alimenta,
esquecerias o teu.

3 comentários:

Saozita disse...

Olá Conceição, lindo este poema com uma mensagem forte e penetrante! Gostei, é o meu género preferido.

Tem um bom fim de semana.

Bjs

Sãozita

Anónimo disse...

Poema forte e emotivo expressão da revolta e do paradoxo da existência humana...

Daniel Aladiah disse...

Querida Conceição
Belo poema com a força que precisa ter.
Um beijo
Daniel