sexta-feira, 28 de maio de 2010

o último gole...


Nessa manhã ofereci-te o pequeno-almoço,
mas o meu corpo…

embrulhei-o na última página do jornal,
do último mês
da última foda
da última hora,
os teus quinze minutos
estavam prestes a ser engolidos,
no último gole da minha saliva.

Perpetuei-te à morte com a mesma mentira,
na boca da chávena de café,
cuspida
no dia anterior


Inspirado no poema “Só odeio-te muitas vez”, de Horroriscausa

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=128168

4 comentários:

Anónimo disse...

Belissimas palavras que por aqui encontrei!
Parabéns :)

Unknown disse...

isso é chamo de força das palavras.

Maria Oliveira disse...

Poema forte e de uma energia fantástica.

Gostei!
Abraço

Maria Manuela Amaral disse...

Gosto disto!

Espero encontrar-te num abraço acostumado no dia 26 pelas 16h no Ateneu do Porto.Oubes-me? :)

(re)lendo, gostei mesmo disto!!!

Um beijo*