terça-feira, 13 de outubro de 2009

Olha-me sem me veres…



Olho-te sem pudor de tão impúdica que sou
viver é um evento obscuro de uma beleza tão rara
que afaga a própria existência do que não existe
olha-me sem temeres o que já não temes.

(Inventa-me de novo no teu esplendor)

Não me olhes ao espelho onde a minha imagem
já não projecta reflexos
nem me guardes como uma bíblia sem salmos
quero-me assim límpida para te profanar
na imortalidade dos mortais.

Procura-me nas forças do mundo intangível
onde nos encontramos intactos
de qualquer frugalidade imediata
leva-me mas olha-me sem me veres.


5 comentários:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Maravilhoso e muito profundo seu belo poema, meus sinceros parabéns.
De Bangkok com amizade um abraço amigo

Ando com problema na mão direita e pouca ssistência vou dando ao PC.

Paula Martins disse...

Fantastico este teu poema. Obrigada pelo momento.

Beijinhos

Unknown disse...

Teu blog e' lindo... adorei conhecer-te!
Beijos, flores e muitos sorrisos!
Um lindo fim de semana!

Elcio disse...

Há blogs q s pérolas, q valem mt aa pena serem descobertos.

Seu blog é um desses...Adorei.

Volto mais vezes.

É isso aí.

Bjs

O Profeta disse...

Parei na viagem de rumo e estrelas
Sentei-me à beira de uma lagoa sussurrante
Um Milhafre fitou-me zombeteiro
Hesitei na procura do adiante

Na ilha há sempre uma criatura em vigília
Há sempre um feiticeiro vento
Há sempre uma flor que a alma seduz
Há sempre no acontece um mágico momento




Doce beijo