quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Este país não é para velhos



Os velhos com reformas miseráveis só sabem refilar ora do custo de vida ora de doenças eu sei lá mais o quê.
Para que querem estes improdutivos mais rendimentos?
Não chega os benefícios que lhes assistem, isenção de taxas moderadoras, medicamentos mais baratos, passe social por metade para andarem por ai a ver montras, raio de velhos que nunca se satisfazem com nada. Ao menos podiam ser mais gratos, talvez criássemos um “Magalhães” à altura deles para se entreterem enquanto esperam horas a fio nas urgências dos hospitais, ou quem sabe ipod’s para curtirem uma musicazinha ou uns games nos centros de saúde, no banco de jardim onde quisessem mas parem de se queixarem já não há quem os aguente são piores que chatos agarrados ao…c. (santíssimo sacramento) que ouçam a missinha das sete, deixem-nos em paz.
Os filhos não os aguentam e viram-se para nós como se tivéssemos alguma responsabilidade de zelar pelos seus direitos, morrem abandonados em casa, a culpa é nossa porque não aplicamos punições à família, são vítimas de violência domestica ou de instituições públicas nós temos que responder por quem os agride, só falta culparem-nos por estarem desnutridos ou por não tomarem os fármacos para os ais.
Têm prioridade em todos os locais públicos, B.I vitalício, duzentos e cinquenta e três euros de pensão. Não chega? Em vez de darem pão às pombas que o comam.
Será que não entendem que não andam cá a fazer nada que só atrapalham, só empatam o circuito financeiro o aumento da divida pública. É por causa desta classe que o défice cresce e o PIB não evolui. Engane-se quem pensa que vamos facilitar a vida a estes empecilhos e poupa-los das medidas de austeridade, este país não é para velhos…a cair de pobres. Viva a igualdade!

Conceição Bernardino

PS: este texto é uma critica ao governo em tom sarcástico, peço desculpa aos mais sensíveis 

1 comentário:

A. da fonseca disse...

Esta minha amiguinha Conceição, (faz parte do Luso Poemas, como eu) é uma personagem que pelo que escreve pela qualidade que os seus textos ou poemas possuem, é de uma grande sensabilidade social.
Ela escreveu este grito de revolta e no Luso Poemas foi muito mal recebido pela maior parte dos comentadores que nada compreenderam da ironia como este excelente texto está escrito.
Não publico o extrato desses comentários, pois que não pedi autorização à minha amiga Conceição, onde se verifica que as pessoas compreenderam o texto en sentido contrário, como se ela acha-se que na verdade as pessoas idosas não têem lugar na nosa sociedade.
Enfim, são as mentalidades ou a falta de instrução da maioria dos portugueses, que como eu, só fiz a quarta classe na escola do Pátio Saleme, em Sacavém.