quinta-feira, 24 de junho de 2010

Amara est veritas.



A verdade é amarga



O cheiro a mofo, das paredes negras, cobria-lhe o rosto de azedume em formas oscilantes, o candeeiro a petróleo bebia o pavio em goles oxigenados, pelas fendas de madeira apodrecida. O homem arcaico mascava histórias do mar, num bloco de apontamento em laçadas de carvão, içadas em redes de pesca remendadas pelo tempo.


O velho solitário era filho de pai incógnito e, Maria Madalena que o esconjurara à nascença; atravessou o deserto dos renegados…


…Nem o santíssimo sacramento o comungou, nem Madalena se arrependeu.

3 comentários:

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Forte e me levou a parar para pensar e...muito!!

Um beijo,saudades!

Sonia Regina.

...EU VOU GRITAR PRA TODO MUNDO OUVIR... disse...

Forte e me levou a parar para pensar e...muito!!

Um beijo,saudades!

Sonia Regina.

tecas disse...

Uma visão diferente... Gostei!
Cheguei ao seu blog Conceição, pela Natália Vale.
Parabens.Poesia muito boa. Não consegui deixar comentário nos outros poemas.
Bjito amigo