
Termino-me na manhã que não chega,
nas ruas de terra batida, onde os meus passos já não deixam marcas.
Rasgo o céu no meu peito
à procura dos gritos esfomeados,
dos melros que esvoaçam nos pinheirais da minha inocência.
As cartas eram escritas com letras acetinadas sem direcção,
lavradas na terra em folhas de hortelã,
o tempo esgueirou-se do meu olhar adocicado,
roubou-me as papoilas,
onde eu repousava o cálice compassivo da vida.
Rasgo o céu no meu peito
aonde as esmolas são dadas sem caridade,
como quem apregoa hipérboles decadentes
nos murmúrios das fontes, enfadadas pela alcoolemia
das larvas dos meus braços, à espera da metamorfose
obsoleta das palavras que estrugem na boca do inferno.
Termino-me na manhã que não chega,
e renasço na chegada onde me termino.
nas ruas de terra batida, onde os meus passos já não deixam marcas.
Rasgo o céu no meu peito
à procura dos gritos esfomeados,
dos melros que esvoaçam nos pinheirais da minha inocência.
As cartas eram escritas com letras acetinadas sem direcção,
lavradas na terra em folhas de hortelã,
o tempo esgueirou-se do meu olhar adocicado,
roubou-me as papoilas,
onde eu repousava o cálice compassivo da vida.
Rasgo o céu no meu peito
aonde as esmolas são dadas sem caridade,
como quem apregoa hipérboles decadentes
nos murmúrios das fontes, enfadadas pela alcoolemia
das larvas dos meus braços, à espera da metamorfose
obsoleta das palavras que estrugem na boca do inferno.
Termino-me na manhã que não chega,
e renasço na chegada onde me termino.