As paredes estão vazias
repletas de fissuras
de imagens, sussurros
de pregos trôpegos
curvados pelas sombras.
Já não escuto a voz
nem sinto o bocejar da noite
apenas as linhas,
que escrevo sobre
o papel da minha alma.
As letras miudinhas
confundem-se no branco
dos lençóis remendados
onde o silêncio se aconchega,
do ruído que não chega
do ranger das portas
que já não se abrem
adormeço sem saber se volto…
…no rodopio das cortinas
da minha liberdade.
4 comentários:
Em.corte.nada
Atei.mar...
:)
A nossa liberdade
é sempre condicionada,
amiga!
Saudações poéticas.
Bjs
quantas vezes os lençóis remendados, o são com a vida de fios desfiada
Bj
Gostei, menina!... O sono remete-nos para este curto "limbo" adormecido dos sentidos; depois, dizem que adormecemos!... No "…no rodopio das cortinas
da minha liberdade." Excelente imagem!
Boa semana
Escolham entre... beijos e abraços
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