Nas folhas secas do meu ventre
sinto o entardecer da aurora,
vestida de luto
Nas andorinhas que não chegam
conto as rugas
na cera derretida,
que ainda desliza no meu rosto
num pavio, quase ignorado
Ceifaram-me o trigo
num Maio, ainda maduro
a terra petrificou-se
de branco marmórea
Nas folhas secas do meu ventre
a fome ainda chama por ti,
a liberdade ficou esquecida
na sombra, da azinheira
que te viu morrer
1 comentário:
As folhas do ventre secam na espera de quem só desprezou a vida pulsante ali, à espera da acolhida, do abraço, da [con]fusão mais bem-vinda...
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