Ouço os murmúrios das pedras da calçada
nas palmas das minhas mãos calejadas,
vou esculpindo uma metade de mim em arte
mas a outra metade fica sem abrigo,
na escultura de um calceteiro definhado.
Ajoelho-me nas formas lineares...
...granito, mármore, granodiorito,
cinzelo-as, como se fosse a minha opulência.
Deixo-me levar pela alvorada boreal,
parte de mim morrerá sobre as pedras
de um simples calceteiro rústico,
mas a outra se imortalizará em musas
lavradas nas calçadas...
3 comentários:
São raros estes momentos de leitura! Não resisti em re-ler-te, aqui nestas palavras tão bem construídas.
Beijinhos e Feliz Páscoa, amiga***
Manuela
Olá amiga (permita-me o tratamento familiar). Gostei do seu espaço. Quis registar a minha passagem neste texto, poema que me sensibilizou. Espero voltar, por agora votos sinceros de continuidade de festas pascais.
Indiquei o seu blog para receber o "Prémio Dardos". Veja a postagem no meu blog como fazer.
Beijinhos e felicidades,
Clarisse
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