No brilho de metal oxidado,
do cabelo
o suor lambia-lhe
cansaços,
o relógio de ponto
avança,
sem hora marcada
a máquina não
pára
na rua cinzenta da cidade,
ganha-pão
pão não tem,
o ponto avança
avança o ponto
sem passado
nem futuro,
eles papam tudo
tudo papam
mudam-se os tempos
e não muda nada
…mataram-lhe um sonho
a sangue frio…
7 comentários:
Querida Conceição
Quantas interpretações... até cheira a 25 de Abril :)
Um beijo
Daniel
Profundas e encantadas palavras.
Teus poemas me fascinam.
Bjs
Não cheira, ERA o 25 de Abril.
Veijios
mudanças são singelas mas mudam a roda da historia.
Palavras profundas, cheias de sentido e de sentimento. Um poema a lembrar as canções de intervenção nos tempos do 25 de Abril...
Muito belo!
Olá!
Quando morrem os sonhos...já morreram os sentimentos,as esperanças...já morremos nós!!
Um beijo com saudade!
Sonia Regina.
Olá, Conceição,
quanto tempo!...por que isso acontece? a gente vai se distanciando...
Mas dando um passeio nos blogues que me agradam ler, deparei com esse texto seu; sempre a mesma qualidade, beleza e compromisso.
Estou lhe convidando a participar da recém nascida rede que criei www.aranhaseosentidodateia.ning.com
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Obrigada,Guacira.
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