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Sublinho a negrito a dor
Dos rostos que se levantam das sombras
Onde os corpos se plantam pela raiz
Num mar de ondas sonantes
Feito de pautas metaliformes
Não creias só nas lágrimas dos homens
O céu também chora, amotina-se
Como uma criança que desconhece a maldade
Do seu semelhante, acabado de nascer
Agora,
Que os olhos se fecharam
Nascem heras nas paredes
Que ainda se mantêm de pé
Nos bolsos de um fato negro
Remendado por linhas descontínuas
Conceição Bernardino
4 comentários:
Teu poema é intenso e belo.
Lindo
Um grande bj
Estupendo poema, poetisa Conceição Benardino.
Cito:« Agora,
Que os olhos se fecharam
Nascem heras nas paredes
Que ainda se mantêm de pé
Nos bolsos de um fato negro
Remendado por linhas descontínuas»
Quanta sensibilidade em cada palavra escrita.
Parabéns pelo belo post.
Bjito e uma flor
Um poema forte e poderoso, com uma grande carga emotiva e extrema sensibilidade para perceber o que algo de tão horrivel traz consigo.
Autêntico e genuino como tudo o que sai da tua "pena"...belo apesar do horror que deixa transparecer.
Todos nós,
de uma maneira ou outra,
choramos como o que se passou.
bjsss
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