Hoje apetece-me rir,
da merda deste País, da ditadura reciclável
que nos impõem descaradamente
das mãos nojentas que nos metem nos bolsos
dos colarinhos brancos sujos até às entranhas
dos Pinochets disfarçados de bons samaritanos
das taxas irreais que nos cobram absurdamente
Hoje apetece-me rir,
dos rendimentos milionários dos burocratas
das pensões vitalícias dos corruptos
dos falsos tridentes, das mãos gordas
que nos tratam como dejectos
À foda-se,
hoje apetece-me rir,
do discurso do Sócrates
ao som do Cavaquinho
que nos pedem sacrifícios
em prol de um País pobrezinho
Hoje apetece-me rir,
da minha grande estupidez,
porque onde caga um português cagam logo
dois ou três.
Conceição Bernardino
4 comentários:
Minha carissima amiga
Achei a sua mensagem um espectáculo
uma espécie de grito de revolta contra os opressores
a mim ao contrario d e si apetece me chorar por ter que viver parecdes meias com gente desta sem escrupulos
Um abraço
Luis Antunes
Heis um poema que diz o que todos queremos e pensamos... apetece-me rir deste triste espectaculo em que se tornou o nosso país.
Bem dito sim senhor! Assino e subscrevo.
Também assino, que coisa mais sem jeito este País, e o pior é que nos acobardamos demasiado.
Fosse eu mais nova, ainda assim faço barulho quando é preciso.
beijinho
gosto da tua força.
Gostei!
Talvez rir de um desespero profundo
de uma angustia
reprimida
uma repressão velada
velada sim
velada e sem palavras
Até
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