Canta-me uma Ave-Maria,
enquanto esmago as uvas
do vinho amargo
com que brindas, a minha inocência.
Come do meu pão,
e abençoa as lascas da carne.
Em nome do pai que ofendes…
…saberás silenciar a dor
com o mesmo silencio, com que me sacrificas.
Em nome do filho que desconheces…
…lambe-me as feridas
com o mesmo corte, com que as abristes.
Em nome do espírito santo que violas…
…castiga-me com a mesma devoção
com que te apiedas, em nome do senhor.
4 comentários:
Um poema de voz forte e palavras duras que falam de um acto atroz e desumano, infelizmente mais comum do que seria imaginavel.
Um esmagar de vidas por parte de quem as devia incentivar, proteger e acolher. Um acto vergonhoso que envergonha todos aqueles que acreditam num Deus clemente e compassivo incapaz de tolerar algo assim.
Um olhar duro e crú mas sempre atento e desperto para o mundo em redor.
Uma triste e dura realidade... Que tem que ser denúnciada sempre, a meu ver.
Um belo poema nunca temática triste.
Beijo,
Clarisse
Forte,verdadeiro,comovente!!!
Muito bonito!!
Um beijo saudoso!
Sonia Regina.
Amen...
Este poema magnífico devia ser impresso e exposto em dimensão monumental na catedral de S.Pedro no Vaticano onde os lobos se acolhem sob o manto papal.
Oh crentes que sem razão, obedecem a tal corja, que vos diz não.
RG
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