sábado, 16 de janeiro de 2010
trinta segundos…apenas
Porto Príncipe ruiu em trinta segundos
as pedras mancharam-se de sangue
as bocas calaram-se em cal nos túmulos improvisados
no calvário dos mutilados pela fúria do asfalto aquecido
A sobrevivência era uma miragem,
ignorada pelos despojos da corja maldita
que teima em calcar a merda do chão
a mesma por quem fingem hoje a dor.
Malditos!
Malditos!
que este povo nunca foi digno de um vintém
foram precisos apenas trinta segundos
para se apoderarem da benevolência
de quem nada tinha,
juntem agora os corpos dilacerados
e prometam-lhes o céu
ou a capela sistina
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3 comentários:
Sem palavras..seu raciocínio é exatamente como o meu...agora não adianta mais!!!
Malditos!!!
Um beijo entristecido e revoltado!
Sonia Regina
Querida amiga,
Estive de viagem, e minha viagem foi, na realidade uma mudança... uma vez mais estamos de volta a nossa casa no Peru e vamos REcomeçcar uma vez mais e sempre... sempre que necessitemos dar um passo para trás para dar dois para frente... :o)
Estou passando para deixar meu carinho... Hoje realmente não posso ler tudo o que tenho pendente, mas pouco a pouco vou atualizando a leitura...
Deixo também meus eternos beijos, flores e muitos sorrisos e a certeza de que... VOLTEI !!! :o)
Um poema belo apesar do horrivel acontecimento sobre o qual se ergueu. Uma tragédia inimaginável que nos faz sentir o quão pequenos somos e o quão fracos somos face a estas forças que desafiamos sem nos importar.
Lindo na sua triste e dura realidade.
Qua as almas dos que partiram sejam anjos leves e que as suas asas protejam aqueles que mais uma vez sobreviveram ao horror.
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