Termino-me na manhã que não chega,
nas ruas de terra batida, onde os meus passos já não deixam marcas.
Rasgo o céu no meu peito
à procura dos gritos esfomeados,
dos melros que esvoaçam nos pinheirais da minha inocência.
As cartas eram escritas com letras acetinadas sem direcção,
lavradas na terra em folhas de hortelã,
o tempo esgueirou-se do meu olhar adocicado,
roubou-me as papoilas,
onde eu repousava o cálice compassivo da vida.
Rasgo o céu no meu peito
aonde as esmolas são dadas sem caridade,
como quem apregoa hipérboles decadentes
nos murmúrios das fontes, enfadadas pela alcoolemia
das larvas dos meus braços, à espera da metamorfose
obsoleta das palavras que estrugem na boca do inferno.
Termino-me na manhã que não chega,
e renasço na chegada onde me termino.
nas ruas de terra batida, onde os meus passos já não deixam marcas.
Rasgo o céu no meu peito
à procura dos gritos esfomeados,
dos melros que esvoaçam nos pinheirais da minha inocência.
As cartas eram escritas com letras acetinadas sem direcção,
lavradas na terra em folhas de hortelã,
o tempo esgueirou-se do meu olhar adocicado,
roubou-me as papoilas,
onde eu repousava o cálice compassivo da vida.
Rasgo o céu no meu peito
aonde as esmolas são dadas sem caridade,
como quem apregoa hipérboles decadentes
nos murmúrios das fontes, enfadadas pela alcoolemia
das larvas dos meus braços, à espera da metamorfose
obsoleta das palavras que estrugem na boca do inferno.
Termino-me na manhã que não chega,
e renasço na chegada onde me termino.
6 comentários:
Lindo poema...
E' uma alegria vir e ler um pouco do belo que tens aqui... :o)
Beijos, flores e muitos sorrisos!
Bonito poema. Parabéns.
Amiga, espero que esteja tudo bem contigo.
Sem avisar, apareci nesta tua casa e nela naveguei, sentindo o perfume das tuas palavras na minha face, como uma brisa suave que dava cor á minha alma.
Como sempre, gostei dos teus poemas
Bjs com amizade
Luis
Dia 21 conto contigo
Seu blog é maravilhoso e você uma poetisa verdadeira que sabe o que faz e como faz!!!
Parabéns,uma beleza!
Beijo!
Sonia Regina.
Do escuro da nossa mente surgem por vezes os fantasmas.
Bonito blog o seu...
AL
Já não me bastava o FCP.
Pouco a pouco tenho vindo a descobrir que no norte a poesia anda no ar, que há gente a colhê-la basta e suculenta e pô-la assim
em mesas como a tua para saciar a fome de ideais deste mundo que é o nosso e não parece
Beijos
José Brás
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