Aperta-me as mãos, estão geladas
ainda que não as sintas, aperta-mas,
são elas que carregam o pão, da última ceia
deste ventre inchado, onde as moscas acasalam
na aresta da lágrima que desenha os meus olhos.
A vida escoa-se, a viagem dilata-se
entre a correria apressada dos corpos
onde os oceanos são feitos de terra amarelecida
e os glaciares infaustos, aperta-me as mãos
antes que o sol se ponha e nos vista de medo.
Mãe negra,
é breve o teu lamento…ouço-as, gritam,
num círculo fechado, na cartilagem das sílabas
escritas, vendadas pelo sangue frio
que carregas nas mãos, a fome.
Conceição Bernardino
5 comentários:
Lindo poema para um mundo cão.
Beijos
Olá, amiga!
Dada a quadra que atravessamos hoje
é só para lhe enviar os meus votos de
FELIZ NATAL.
As minhas mais cordiais saudações.
Olá, amiga poeta! Tem um presente de Natal para você no Távola de Estrelas!Desejamos a você votos dum Natal muito Feliz e de um Ano Novo Maravilhoso!
beijos,
JouElam & Dani
Távola de Estrelas: http://jorgemanueledanieledallavecchia.blogspot.com/2011/12/um-selinho-pra-voce.html
Excelente poema.
Querida amiga Conceição, desejo que tenhas um Feliz Natal e um Novo Ano cheio de coisas boas, para ti e para a tua família.
Muitas prendas, principalmente afectivas.
Beijo.
Querida Conceição
Um belo 2012!
Beijo
Daniel
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