quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Este é para ti, meu amor…

                               

Meu amor, se soubesses como procuro dentro do teu olhar o vazio que deixas repousar sobre os teus ombros encolhidos, quando o silêncio se pronuncia por ti nas palavras não ditas, sinto-me tão impotente nesse ensejo que daria os meus olhos para te encontrar
Olho-te, arranco-te um sorriso feito de emoções embrulhadas nos nossos corpos, num papel de abraços cristalinos e a lágrima cai sobre um laço de amor que não se explica sente-se mutuamente em cada segundo que passa, por mais doloroso que seja, por mais feliz que te veja é assim que nos protegemos, ontem tu hoje eu.
 Hoje jurei que não choraria: mas sabes às vezes sinto tantas saudades daqueles tempos em que me deitava no teu regaço com medo da vida e tu consolavas a minha dor a incompreensão que emergia dentro de mim. Quando saímos juntas para comer um gelado nas noites quentes de Verão.
Ò meu amor, minha mãe como se explica este amor que sinto por ti, às vezes dói tanto que sangra…talvez seja as dores de um parto abençoado que carregamos juntas todos os dias.
    
 Conceição Bernardino

2 comentários:

Anónimo disse...

Que o dia vos sorria, e disfrutem da companhia uma da outra, que o tempo não se compadece e quando damos por ela, pouco do que queríamos dizer ou fazer aconteceu.

Beijinhos amiga querida

natalia nuno

Nilson Barcelli disse...

O amor que sentimos pela nossa mãe é imenso e diferente de todos os outros.
O teu texto é belíssimo, gostei muito.
Beijo, querida amiga Conceição.