terça-feira, 21 de setembro de 2010

Fissuras do tempo





As paredes estão vazias
repletas de fissuras
de imagens, sussurros
de pregos trôpegos
curvados pelas sombras.

Já não escuto a voz
nem sinto o bocejar da noite
apenas as linhas,
que escrevo sobre
o papel da minha alma.

As letras miudinhas
confundem-se no branco
dos lençóis remendados
onde o silêncio se aconchega,
do ruído que não chega
do ranger das portas
que já não se abrem

adormeço sem saber se volto…
…no rodopio das cortinas
da minha liberdade.

4 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Em.corte.nada
Atei.mar...

:)

vieira calado disse...

A nossa liberdade

é sempre condicionada,

amiga!

Saudações poéticas.

Bjs

Luna disse...

quantas vezes os lençóis remendados, o são com a vida de fios desfiada
Bj

KrystalDiVerso disse...

Gostei, menina!... O sono remete-nos para este curto "limbo" adormecido dos sentidos; depois, dizem que adormecemos!... No "…no rodopio das cortinas
da minha liberdade." Excelente imagem!


Boa semana





Escolham entre... beijos e abraços